quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Escrever é tantas vezes lembrar-se do que nunca existiu. Como conseguirei saber do que nem ao menos sei? assim: como se me lembrasse. Com um esforço de memória, como se eu nunca tivesse nascido. Nunca nasci, nunca vivi: mas eu me lembro, e a lembrança é em carne viva. (LISPECTOR, 1999, p. 385)

sábado, 16 de janeiro de 2010













e a rotina
ela, e monotonia
e por sua vez, o absurdo

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

não tenha medo de mim não importa o que aconteça
não me tire da sua vida nem desapareça

não guarde mágoa de mim, mas também não me esqueça
talvez não saiba amar, nem mesmo te mereça
como as ondas do mar sempre vão e vem
nossos beijos de adeus na estação de trem
um gosto de lágrima no rosto
palavras murmuradas que eu quase nem ouço...

em algum lugar no tempo, nós ainda estamos juntos
em algum lugar ainda estamos juntos
prá sempre, prá sempre ficaremos juntos...


sua presença me sacudiu... incomodou, alegrou, nostalgiou. me fez refletir muito e muito durante e depois da visita. nos minutos precedentes da sua despedida eu fiquei aflita, queria te abraçar, te segurar aqui, te pedir pra esquecer tudo o que passou. mas eu não pude, não pude porque agora penso muitíssimas vezes antes de fazer alguma coisa, e fiquei pensando, e pensando e pensando. fora o medo... ouvir de novo tudo o que ouvi da boca que eu amo tanto, que tanto me feriram, que tanto eu magoei.
só te peço isso, que ouvi numa musiquinha clichê de rádio e me derramei. te peço que não guarde mágoa de mim. acho que ainda não estou pronta pra voltar a ser sua amiga, mas quero saber de você. já que nao posso cuidar de você como antes, nem te ter como meu companheiro completo como antes, ao menos quero retomar aos poucos o contato, te contar as coisas legais que me acontecem e as ideias que tenho, e ouvir as suas também, indicar um filme, um passeio... ai, se arrependimento matasse.
estou aqui em outra história, mas essa, muito menos colorida que a nossa. não tem tanta sintonia, tanta dedicação, tanta felicidade, afeição, companheirismo, cumplicidade, sinceridade, parceria, amor... mas a gente faz besteira pra aprender né? acho que tô amadurecendo um pouco, e espero que você um dia me perdoe.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


parece que não acontece
que não acontece não acontece
não acontece
e que está flutuando sobre a água
é o que parece
mechendo-se quase nada
quase estático
ali... nem imersa
... nem voando
... nem caminhando
quase nada
mas está parada
cabeça cheia
coração vazio
cabeça a mil
e o resto
parado
resto
resto parado
eu resto?
e o que resta?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

rede de varanda

O que eu posso fazer
Se a vida me devolve pra você
Me devolve pra essa
Rede de varanda
Me devolve pra essa
Ilha de sossego
Pra esse braço
Pra esse beijo
Então eu fujo
Eu me fantasio toda
Eu me faço de outra pra
Você me esquecer
Conto meus segredos
Eu escrevo os detalhes
Pra ver se você se assusta
Com que vê
A tua santa tá querendo te enloquecer…


de juliana kehl